Esses dias eu estava assistindo a minissérie, numa emissora de TV, que conta a história do rei Davi. Tirando os acréscimos, coisas que a Bíblia não relata, é até interessante. Ontem foi o episódio do nascimento e morte do filho de Davi com Bateseba. E quando Davi soube da doença do filho “implorou a Deus em favor da criança. Ele JEJUOU e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão.” (2Sm 12.16)
Existem coisas deturpadas em nossos dias, mas acredito que existam poucas tão deturpadas como o jejum. Então, para começo de conversa vamos ver o que o jejum não é:
1. O jejum não é garantia de que Deus vai me dar o que eu quero.
Davi jejuou, clamou, mas sete dias depois seu filho morreu (2Sm 12.18).
2. O jejum não é uma greve de fome.
Eu não mudo Deus, ele é imutável. Eu não posso constranger Deus com uma greve de fome para levá-lo a fazer aquilo que Ele não quer fazer (Nm 23.19).
3. O jejum não é sinal de vida de relacionamento com Deus.
A palavra de Deus deixa isso bem claro quando mostra que os fariseus jejuavam (Mt 9.14) e esses mesmos fariseus mandaram matar Jesus (Mt 12.14).
Então o que é o jejum? Acredito que a história da morte do filho de Davi nos mostra realmente o que é o jejum.
A palavra de Deus mostra que Davi clamou e jejuou por sete dias em favor da criança, o desejo de Davi era que o filho não morresse. Nesses dias ele não ouviu ninguém, só clamava a Deus. Mas, depois desses sete dias a criança morreu.
Depois de ouvir isso, Davi se levantou, se lavou, se perfumou, trocou de roupa e entrou no santuário do Senhor e o adorou. O verdadeiro jejum nos aproxima de Deus para que possamos nos conformar com a sua vontade, sabendo que Ele sempre tem o melhor, mesmo que não seja aquilo que queremos.
Davi sabia quem Deus era e quem ele era, e quando perguntaram para ele o porquê dessa atitude, já que o normal seria o lamento depois da morte e não o se conformar, ele respondeu: “enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: quem sabe? Talvez o Senhor tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver.” (2Sm 12.22)
Ele sabia que Deus tinha o melhor e que Ele tem misericórdia de quem Ele quer ter misericórdia (Rm 9.15). O jejum conformou Davi à vontade de Deus. “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28)
Que relembremos essa prática que está um pouco esquecida, mas da maneira correta, não para conseguir o que quero, mas para mortificar a minha carne, e assim, conseguir me conformar à vontade de Deus.
Por seu Reino de misericórdia!
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